tou sem pachorra para arranjar um título giro

Já tinha saudades de ver um filme francês.
Os últimos filmes franceses que vi são assim um bocadinho violentos (vi finalmente o Irréversible até ao fim e revi o L'Haine pela 3ªx. Ouais! j'aime bien ce mec là, Vincent Cassel!)

Ontem escolhi o mais dilaidinho dos que estão agora "em cena". Queria ir ver um que está no King mas a companhia achou que estávamos mais a precisar de "Lições de Felicidade".

Foi por pouco... com a soneca que tirei quando cheguei do trabalho e com o desvio a Algés, foi chegar às bilheteiras mesmo em cima da hora. Mas ao menos tiveste a atenção de me ir dando a provar pedacinhos do teu sundae pecaminoso no caminho até ao nosso destino. Já não posso dizer que nunca comi nada do MacDonald's... mas ao menos não fui eu que paguei! :op

Odette Toulemonde... que criatura adorável... tão sonhadora e ao mesmo tempo tão ligada com o mundo.

A mulher não é mesmo bafejada pela sorte, pobrezinha. E no entanto, que grande exemplo de força e altruísmo, hein?
Tive a leve sensação de ter sido só eu a gostar do filme... será que me engano?
O cinema europeu, de facto não é para todos os gostos e a língua francesa é linda :o).

Cá continuo nas minhas reuniões. Esta altura próxima do Natal é sempre um bombardeio de gente a tentar a sua sorte. Ontem apanhei com o senhor das ofertas gourmet. O nome da empresa é lindo mas não posso escrevê-lo aqui...

Coitado do senhor, depois de lhe ter dado tantas negas tive que o receber... e foi mais uma experiência... diferente! Juro que o senhor cheirava a chouriços... E apresentou-se-me cheio de sacos com cestinhas de verga para me mostrar. Passou o tempo todo a chamar-me "Xôtôra". Eu bem lhe disse que me chamasse Ana... mas não valeu de nada, naquela meia hora, eu ia ser a "xôtôra" e nada feito. Em menos de nada tinha à minha frente 10 cestas de verga, uma de acrílico que "as senhoras adoram para depois para meter as revistas" e uma que ele disse que era de alumínio e eu vi bem que era de inox... mas pronto, pormenores! Para além das cestinhas eu vi, queijos, vinhos, presunto "pata negra", compotas, doces, foie gras... saí dali enjoadinha e com um pedido do senhor para lhe enviar um "emailhe".

O Palminha está ali a dizer que uma das nossas colegas de inglaterra que nos visitou a semana passada é igual à Calamity Jane... do Lucky Luke...! E deu-se ao trabalho de colocar uma foto da mulher e da boneca lado a lado para fazer valer a sua argumentação.

Giro foi eu chegar ao escritório e ele pedir ajuda no computador com uma coisa que o atormentava e que eu (que sou muita boa! :op) em menos de um minuto arranjei. Em vez de agradecer disse-me:

- Ana Afonso, tu e eu nunca podiamos namorar.

- Porquê Palminha?

- Tu ias querer falar destas cenas e eu não ia perceber nada... não sou nada nerd.

O Palminha é lindo. Nada nerd, mas lindo.