de volta à rua, estatelanços & ausências de rubor

#1 - Engraçado este "estágio" de "on my own" enquanto os papás estão de férias.
Já passou um mês!
Sair do trabalho, ir às compras, fazer o jantar... acho que me habituo a esta vida sem progenitores (+ emplastro) a viver na mesma casa que eu... :o)
Já faltou mais... muito mais!

#2 - Cheguei das compras, saio do carro a pensar que ia fazer as bolinhas de espinafres e uma saladinha de tomate com queijo fresco... e fico estupefacta com a barulheira infernal que se faz sentir - ao ponto de mal conseguir ouvir a receita do couscous da Sof na minha cabeça (tenho isso apontado algures!). Mais abismada fiquei quando vi que - tal como eu fazia nos 80's - os miúdos da rua estavam NA rua! Não estavam em casa a jogar playstation ou WOW ou DOTA... ou qualquer um dos milhentos desses jogos online! Não! Estavam na rua a JOGAR À BOLA! E a curtir que nem uns malucos!
" - Paaaaaaaaaassssáa bola, meu!!!"
Adorei ver. Onde antes existia o "nosso ringue", está agora o parque infantil... e era aí que eles estavam a jogar à bola.
Não é a mesma coisa... o ringue era alcatrão, eles hoje jogavam em cima daquele solo sintético todo maricas para os putos não se rasparem todos.
A maior queda da minha vida foi naquele ringue... mas isto dava para outro #... já vai.
Este # era para dizer que hoje tive saudades de quando era pitufinha e jogava aos polícias e ladrões no meio da estrada. Era lindo quando vinham os carros, parava tudo e era como tirar as peças do tabuleiro de xadrez, depois toca a colocarmo-nos nos nossos lugares de novo... fazíamos cada batotice hehehe.
Toda a gente preferia ser ladrão... mas decidia-se de forma imparcial q.b. quem ficava ladrão ou polícia, com sucessivos "par ou ímpar?".
A barra do lenço, o 1,2,3 macaquinho de chinês, a apanhada, as escondidas! Muito carro eu devo ter riscado com as jardineiras de ganga a roçar naquelas tintas reluzentes. Havia cada carro mais feio... Belos tempos! :o)

#3 - Em honra ao novo header (para quando voltar a ler isto mais tarde: boneca, o header é o da boneca estatelada no chão):
A maior queda da minha vida, vinha eu a correr disparada na direcção da porta do ringue. Ah, tenho que dizer que o ringue era todo em gradeamento tipo aquela rede aos quadrados onde perigosamente nos cabiam os pés... nem sei como nunca ninguém se matou a trepar aquilo hehehe. Os lados do ringue eram altos (ou pelo menos assim pareciam na altura!) e até o portão era em rede e tinha um trinco. Lá dentro havia cestos de basket e balizas. No chão tinha pintadas as áreas dos campos de basket, por isso é que preferíamos desenhar o "tabuleiro" dos polícias e ladrões, com giz, no meio da estrada. Era só gamar paus de giz na escola hehehehe!
Naquele dia devia estar com pressa, a minha hora lá devia ter passado, ou então ouvi a minha mãe assobiar para ir jantar... sei que ia a correr com toda a velocidade (que nunca foi muita hehehe sou mais resistente que veloz...) e na saída um filha da mãe de um arame saído, enganchou-se-me na roupa (que devia ser um fato de treino mesmo muito feio!), senti-me puxada e presa, e foi o maior KABUM da minha vida... Bati com as costas directas no grande degrau e fiquei ali estatelada, de costas, imóvel, durante uns bons minutos, sendo que durante os largos segundos iniciais - que pareceram nunca mais ter fim - nem respirar conseguia.
Ninguém viu... ou pelo menos ninguém acudiu... e estava por lá bastante gente! hehehe

#4 - Ainda em honra do header (o tal da boneca estatelada), o IIº maior Kabum da minha vida foi na casa da tia Amélia na Charneca. E foi parecido!
Ia a correr... full gas, e de repente... "F@#@$$€! De onde é que apareceu este estendal mesmo na linha do meu nariz!???"
KABUM! Bati com o nariz no estendal ou numa porcaria de um arame que se atravessava ali, contra todas as regrinhas de segurança a ter pelos quintais quando há crianças irrequietas around!
Escusado será dizer que caí de costas e até fez aquele barulho que faziam as bonecas da altura, aquelas com aquelas caixas de ar que davam uma espécie de música... lá dentro (e que eu adorava desmontar!)... e fiquei novamente uns segundos a tentar respirar e andei com uma marca roxa no nariz durante uns belos dias...

#5 - Há mais histórias giras da minha infância... mas até eu me podia aborrecer... fica para outro dia a IIIª maior queda da minha vida que foi numa colónia de férias...
Quedas sem mazelas físicas são mais que muitas e todas elas bem mais dolorosas... quantas vezes quedas e pancadas! Que me enchessem de porrada! Que o corpo regenera mas o coração e a alma custam bem mais a sarar...
Anyway... gira, gira é a história de quando atirei - não com o pau ao gato - mas com o garfo à cara do mano! Dávamo-nos tãaaaaao bem... era só amor...! Aliás... aquela cicatriz que ele tem no lábio... é prova desse amor... tão puro e fraterno hehehe

#6 - Só mesmo as quedas e as mazelas exteriores para me mudarem a cor. Ou então as pinturas à madame, que tanto evito...
Isto a propósito dos rubores faciais... deixei de corar. Não me lembro de corar faz tempo.
Sinto-me quentinha por vezes e tal, mas corar... nunca mais corei.
O "Doutore" RP, tem uma teoria: Só como legumes, segundo o mesmo, falta-me a pigmentação da carne, portanto, se corasse era para o verde. :op
engraçadinho :o).