«E eis-nos de volta, finalmente, a noticiar a 2ª edição do evento de cariz interplanetário que decorreu no relvado sintético do LagoasFut - a guerra dos sexos do futebol (sponsored by Oracle).
Foi, de facto, um encontro interplanetário. Não porque extraterrestres tenham descido ao relvado! Não porque o Michael Jackson e o (a?) José Castelo Branco tenham participado... mas porque estiveram presentes um conjunto de estrelas de renome internacional que conseguiriam até ofuscar o ex-namorado da Nereida que, sabe este repórter, até vem treinar de vez em quando ao ginásio Club L na expectativa de aprender uns dribles novos que o levem ao Real Madrid.
Nem o melhor Oráculo poderia adivinhar o resultado final. E até a Maya desdenharia o desfecho que se verificou.
Neste tipo de eventos o resultado é o menos importante. E nem sequer a actuação do árbitro fantasma que permitiu algum desnível numérico entre as equipas e uma alteração substancial das regras pode ser utilizada como desculpa. É importante, isso sim, realçar o espírito de companheirismo, de entreajuda e de luta que destacou as justas vencedoras. Quanto aos vencidos, demonstraram um salutar inconformismo e já prometeram que no próximo desafio vão convidar um reforço de peso... a filha do néné... ainda que não se saiba muito bem em que equipa irá jogar.
A segunda medida já avançada prende-se com a necessidade de subalugar uma equipa médica para assistir os lesionados após certos lances... mais viris.
A organização do evento anunciou ainda que, para o próximo desafio, tratará de disponibilizar umas almofadinhas para colocar.. eeeerr... nas costas... para que quando alguém, completamente sozinho(a), caia de... eeerrr... costas, não se magoe :))
Resta despedir-me com uma breve apreciação individual à equipa vencedora sob o tema da WWF:
Na selva de Porto Salvo desfilaram então:
Yvette Borges
Leoa
A "juba" não a incomodou nos movimentos e defendeu quase tudo à patada, qual Leoa a atirar-se ao pescoço do animaleco incauto. Agressiva na baliza, foi o esteio defensivo que permitiu a vitória.
Leonor Correia
Rinoceronte bébé
Quando corria parecia uma gazela a "voar baixinho" pelas pradarias africanas só que, quando chegava perto dos adversários deixava a subtileza de lado e abalroava-os sem dó nem piedade. Foi o dínamo da equipa e só foi pena que na hora de finalizar encontrasse alguma dificuldade... talvez porque um certo obstáculo não a deixava ver bem a baliza.
Sandra Estorninho
Flamingo
Muito importante na manobra defensiva da equipa foi a primeira apoiante da Leoa e conseguiu sair do desafio sem uma dentadinha sequer. Cada vez que uma bola vinha na sua direcção, abria as asas e o lance morria ali. No entanto, a redacção desta publicação tem que deixar aqui uma nota de repúdio, porque o desporto é bonito quando é equilibrado e não justo que uns jogadores tenham que jogar com o calçado desportivo normal e outros possam usar calçado especial que não só aumentam a altura de quem o usa em cerca de metro e meio como também desenvolve a potência de remate... e a altura a que se remata, como ficou bem patente na fase de penalties. Não havia necessidade e é um caso a ser analisaedo pela FUEFA.
Fátima Barata
Koala
Foi o elemento mais envergonhado da equipa e pareceu um pouco perdida em campo, porque não conseguiu encontrar um cantinho que não estivesse iluminado pelos holofotes. Longe dos eucaliptos onde é rainha, só na parte final deu um ar da sua graça, logo após uma jogada de ataque da Sandra Flamingo. Provavelmente teve a ilusão de ver um eucalipto a correr à sua frente! De um modo ou de outro, acordou para o jogo e a partir daí subiu de produção, sempre no seu estilo fofinho do "não estou aqui... não estou aqui, já tá! cortei a bola!"
Fátima Castro
Abelha raínha
Sem dúvida, o reforço inesperado foi determinante para o resultado que se verificou no final do encontro. Habituada a fechar, foi a concretizadora-mor da equipa feminina com 3 golos de belo efeito... em jogadas de múltiplas insistências... A capitã de equipa não se cansou de zumbir e puxar pelas colegas, chegando até a ameaçar os elementos da equipa adversária com o ferrão, o que lhe granjeou algum espaço na área para poder concretizar. O único aspecto a rever é a questão do drible. Na única tentativa ia deitando a colmeia abaixo.
Mafalda Machado
Hiena
Sempre a rir, foi um dos elementos dinamizadores do ataque feminino e colocou em alvoroço a equipa adversária sempre que rondou a área.
As únicas manchas da sua exibição encontram-se no excessivo individualismo que patenteou numa série de lances, ainda que a equipa tenha tido sempre alguma dificuldade em acompanhar os seus movimentos rápidos e incisivos. Foi mestre na arte de roubar a carcaça, isto é a bola aos adversários e fez pressão alta, rondando incansavelmente a defesa adversária.
Ana Gonçalves
Lince
O meio campo é o seu domínio e dali parece estar no cimo do monte a observar tudo o que se desenrola à sua volta. Manhosa e ardilosa, conseguiu utilizar o seu jeito felino para criar algumas das jogadas de ataque mais perigosas, tentanto sempre as aberturas de risco. Tanto parecia estar a jogar de pantufas, camuflada pela neve como, de repente, soltava as garras e "arranhava" e "mordia" os adversários que passavam no seu raio de acção, voltando de novo ao estado passivo como se não fosse nada com ela.
Ana Guerreiro
Camaleão
Uma peça atacante de grande importância porque abriu espaços na defesa adversária. Sempre muito bem camuflada, ninguém dava por ela e, de repente, lá ia ela, desmarcada, em direcção à baliza.
O facto de estar em campo teve uma vantagem adicional: ninguém se queixou de picadas de mosquitos.
Ana Afonso
Pulga
Constantemente aos saltos, aos pulos e pulinhos, no seu jeito enérgico e atrevido, calcorreou o campo todo de cima a baixo, de um lado ao outro. Uma exibição muito esforçada, de tal forma que o público chegou a comentar que, por vezes, nem se conseguia distinguir a bola, da Ana, dado que andavam a saltar as duas da mesma maneira. Foi uma estratégia arriscada pois poderia ter levada alguns pontapés, mas sempre que isso estava prestes a acontecer, dava mais um daqueles saltinhos invisíveis à vista humana e fugia do local.
Márcia Moreira
Tartaruga
Desta vez o perfume do futebol brasileiro não se fez sentir com tanta preponderância. Esteve muito alheada dos lances, estacionada no meio campo e escondida dentro da sua carapaça, não viesse uma bola contra ela, danificar-lhe as unhas. Na fase inicial da partida, ainda fez uns cortes providenciais com a carapaça, mas ficou-se por aí.
Carla
Preguiça
Esteve sempre à mama e pouco mais há a dizer. Com pouca mobilidade, pareceu sempre demasiado sonolenta para constituir verdadeiro perigo. Contudo, de vez em quando, entre bocejos, espetava uns estoiros violentos que por pouco não deram golo. Da próxima vez é melhor levar uma cadeira, uma mini e uma sande de torresmos, para ajudar a passar o tempo.»
By CB