26 March 2008

a morte faz parte

Não esperava nem desejava saber assim que a tragédia resolveu bater à porta da família.
Não dá para acreditar na morte do primo Celso. Não se entende como alguém tão novo e tão saudável pode ter ido assim. Não calculo o que a S está a passar nem como vai encarar o resto da vida com a sua filhota de apenas 4 anos...

E eu ainda tenho a lata de me lamentar de mim para mim das minhas faltas e das minhas dores... sou uma ingrata...
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A Ju não contava falar com o pai dela anteontem à noite e ir encontrá-lo a "dormir no eterno descanso" ontem à hora de almoço, após telefonemas e telefonemas sem sucesso...
Não sei porquê tenho aprendido a lidar um pouco melhor com a morte. Devo ter crescido no último ano. Aprendi a lidar melhor com algumas dores. Ou talvez seja apenas uma fase mais forte.

O Velório do Sr. Lima ontem foi curioso...
Não que não respeitemos a 100% o momento e a solenidade do mesmo, mas soube tão bem rir... fundir, através das nossas histórias, memórias e riso, a morte com a vida. Mesmo com o Sr. Lima ali ao lado. Foi quase como se ele estivesse também a rir connosco...
Engraçado é ver como as pessoas do trabalho são como uma segunda família... como todos nos juntamos em tantas alturas para apoio e calor humano. Dei por mim ontem "fora da roda" a olhá-los e a pensar nisto...

E quando eu morrer quero que todo o mundo ria...

A morte dói muito mas faz parte.

Querido Celso... Caro Sr. Lima... Rest in Peace

Tanto um como outro, tanto quando sei, são aquisições de peso no Paraíso... o céu fica mais rico e com muito, muito mais carácter!

2 comments:

Anonymous said...

Na semana passada morreu a avó de um amigo meu. Fomos ao velório, prestar as condolências a ele e aos pais (também os conhecemos desde sempre e, com o tempo, também acabaram por fazer um pouco parte do grupo). Acabou por ser um pouco uma reunião de amigos, pois já não estavamos todos juntos havia meses... e mesmo o pai dele, cuja mãe tinha morrido, se juntou a nós nos disparates que foram ditos. Não deixou ninguém ir embora antes da meia-noite e ainda rimos um bom bocado com ele.
O riso, tal como a morte, faz parte da vida. Cada qual lida com a dor da perda à sua maneira. Há quem ponha luto e nunca mais o tire, e há quem saia para jantar com os amigos após o funeral...
Para mim, a melhor homenagem que podemos prestar aos motos é continuar a viver o nelhor que sabemos e podemos. Porque a morte é, afinal, a única certeza que temos na vida. Mais vale viver cada dia como se ela (a morte) estivesse já ali.
E já agora aprender a jogar xadrez, just in case...
Beijos
Mana C

(n)Ana said...

A minha mana linda tem sempre uma boa história para partilhar com a mana pitufa...
Tu entendes-me. Eu adoro-te.