09 February 2008

no fears... just floating away

Your question was: I wonder where I'll float next?
My answer is: What does it matter anyway?

Just float baby, float around and float away
Even when you think you're the most astray
You will see, with your eyes, life itself will unfold
Glimpse at the future, it shines for you as simple gold
Embrace what you're given, let the whole world shine
Your life and your dreams will mysteriously entwine

What you're feeling inside is not what you display
But then again - and soon enough - you know you'll find your way
Even in deep sea, before long, discovered is the shoreline
And those dreams we talked about, all will finally combine
Forget - in you - hurt, deception, trickery, treachery and cold
Life will be happy and warm, just like the teller foretold

Think you're not afraid: "-I'm not afraid!"
If you do, it's ok because fear is outweighed
Let your barrel cruise in the sun
Enjoy the whirlpool, it might be fun! :o)

2 comments:

Pinheirinha said...

Dark clouds flew far far away
Towards someone else’s life
Wounding it with a sharply knife
Just for you to be okay!

Foi à pressão, mas fica a intenção! :)
*****

Anonymous said...

A esta hora não passam carros na estrada e os prédios são visíveis no seu silêncio com as luzes apagadas por dentro. São concretos no escuro os prédios. Os prédios são. Durante o dia não. Durante o dia não existem, não estão lá, os prédios. Os afazeres diários inviabilizam os prédios em cada esquina. Assim são os candeeiros de rua que só à noite existem por ser a essa hora que dão luz.

Os prédios nascem à noite da luz dos candeeiros de rua, alimentam-se secretamente dessa luz.

Passa um carro na estrada. E mais nada se passa além da vida que passa mesmo com a televisão desligada.

As janelas dos prédios estão fechadas. Há no céu uma estrela, quem me dera não vê-la (era só para rimar).

Um jovem que sofre de obesidade mórbida vai numa camisola vermelha a descer a estrada nocturna. Que solidão redonda e cheia a passar lá em baixo. Que será dele daqui a uns anos? Que será dele agora? E ontem, que será? Será o que foi e é só. Se calhar não tem amigos, mas tantos há que sem amigos vivem que mais um não fará diferença. Que diferença haverá para fazer?

(A minha vizinha debaixo só sai de casa para ir ao Hospital de tempos a tempos. Vê mal, mal ouve e anda devagar como quem dá grandes passadas em direcção ao fim.)

Agora passou um carro para cima. Ia depressa. A velocidade excita-nos para a vida e é por isso que é tão atraente, como quem profundamente acordado saboreia cada segundo intensamente.

Talvez ainda beba mais uma cerveja. Tenho a ponta do nariz fria. Os pés quentes dentro das pantufas. O cigarro aceso entre os dedos. Quanto ao cão está virgulado no sofá.

Segundonano