29 November 2010

E eu ajudei...

"Campanha do Banco Alimentar recolheu 3265 toneladas de alimentos

Lisboa, 29 nov (Lusa) -- Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram este fim de semana 3265 toneladas de alimentos, mais 775 toneladas do que no ano passado, disse hoje à Lusa a presidente do Banco Alimentar, Isabel Jonet.
A recolha bateu este ano recordes quer de alimentos doados quer de voluntários envolvidos, conseguindo mais 30 por cento de produtos do que em dezembro de 2009 e somando mais de 30 mil voluntários.
A quantidade recolhida "constitui um recorde absoluto desde que estas campanhas de recolha se efetuam em Portugal", refere o Banco Alimentar em comunicado hoje divulgado, acrescentando que a campanha deste ano "constitui em termos de dimensão uma operação de voluntariado sem qualquer paralelo" em Portugal.
© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A."

26 November 2010

In a jiffy!

#1 - Parabéns C!
E este ano é Parabéns por tantas razões que as palavras até parecem meio ocas e não serem suficientes para expressar tanto. :o)

#2 - O Porto está bonito. Frio, mas bonito. O Sheraton continua a ser dos hotéis mais bonitos que já vi para eventos. (E já visitei uns quantos... mas ainda não foram assim tantos!)

#3 - Depois de dois frascos de xarope a tosse e irritação na garganta ainda não me largaram de vez. Malditinhas...

#4 - Adoro o meu vestido novo :oD Benetton rula.

#5 - Nunca mais chegam as botas cinza...

#6 - As roupas de Inverno são tão mais giras. Ontem fui pela primeira vez a um shopping em meses e digam o que disserem, as montras de Inverno são bem mais ricas. Deve ser por haver mais tecido. :op

#7 - Ainda não sei o que te oferecer no Natal...

#8 - Ainda me sinto "retirada". A recuperar força. O desgaste não foi pouco. E é sempre bom mas especialmente Nestes Tempos é bom não deixar de parte algumas crenças...



#9 - E acreditar ainda que, apesar de tudo, é possível...

11 November 2010

R.I.P. Velhinho do Adeus...


Soube hoje pelo E que o dia tinha ontem chegado. (obrigada E)
Não foi uma só, nem duas, foram várias as referências que eu fazia por aqui ao "velhinho do adeus".
Buzinava-lhe sempre... e abria as janelas de propósito para pôr a mão de fora e dizer-lhe um sentido Adeus e mandar-lhe beijinhos.
Cheguei a parar várias vezes para conversar com ele, uma vez até na noite do meu aniversário.
Fizesse chuva ou a noite estivesse estrelada e limpa, o Velhinho lá estava... e durante o dia estava por vezes no Restelo. Também o por lá vi e também parei para dois dedinhos de conversa.
Sempre com um sorriso.

Foi-se. Nada dura de facto para sempre, principalmente o que é verdadeiro e bom.
Portanto ainda bem que preservo as boas imagens do Velhinho como preservarei outras coisas que fazem sentido na vida... e o resto... bom, o resto deixou de importar.




O último adeus do 'Senhor do Adeus'
11 de Novembro, 2010

Tinha 80 anos e era conhecido pelos lisboetas como o Senhor do Adeus por acenar todas as noites aos automobilistas que passavam na zona do Saldanha. João Manuel Serra acreditava que esta era uma espécie de missão e viveu com este ritual durante décadas sempre de sorriso na cara. Morreu nesta quarta-feira.
A figura bem conhecida dos alfacinhas nasceu numa família abastada e, depois de morrer a mãe, com quem vivia, decidiu lutar contra a solidão com o sorriso na cara e um aceno a todos os que por si passavam. Apaixonado pela sétima arte, todos os domingos assistia a um filme na companhia de Filipe Melo, músico de jazz e realizador, como escreve o Diário de Notícias.

No blogue Senhor do Adeus, Filipe Melo deixou a seguinte mensagem: «Soube agora que o meu grande amigo João Serra, o famoso Senhor do Adeus, faleceu. Conheci-o há cerca de 7 anos e desde então fomos todos os domingos ao cinema - O João, o Tiago Carvalho e eu. Ficámos todos muito próximos e os domingos à noite eram o oásis da nossa semana».

«Todos os dias, o João dizia adeus às pessoas. Era assim que fazia as pessoas felizes e que as pessoas lhe retribuíam essa felicidade. Era um dos meus melhores amigos, e terei muitas saudades das nossas idas ao cinema e de o ver a sorrir e a trazer alegria a todos os que o rodeavam. Como dizia o João: 'Até sempre!'», escreve Filipe Melo.

Como recorda o Correio da Manhã, a história de João Manuel Serra levou ainda à criação de uma rubrica semanal no canal Q, A Rede. No cinema participou no filme I ll See You In My Dreams e na televisão na série O Mundo Catita.


in, SOL

03 November 2010

Final Destination

Não é curioso como pequenas coisas nos levam a mente a viajar em poucos segundos?
Subia a escadas que vão dar à tua... bom, à nossa (!) Praceta.
Pensava em ti, estás longe e mandei-te umas três mensagens que traduzidas só revelam manifestações da saudade :op.

Um caracol estava bem no meio de um dos degraus e tive que parar um pouco com o pé no ar antes de o pousar mais para o lado para evitar o esmagamento.
No entanto estávamos perto das 21h e neste novo horário de Inverno, a essa hora já está bem escuro. Eu vi-te caracol, um vizinho que venha poderá não te ver...

E não tardou a saraivada de pensamentos desconexos e pouco relacionados entre si que agora estou prestes a descrever.
Engraçado para entender como coisas que se passaram há meses ainda me movem.

Subi o resto das escadas a pensar se deveria intervir. Se deveria pôr o caracol nas ervinhas.
(Se há coisa que detesto é imaginar um caracol ser esmagado... argh! Imaginar o som da casca... argh, arrepio.)

Não voltei para trás. Não toquei no caracol. Resolvi deixar o destino, a sorte, o fado cumprir-se sem acção minha. Não sei se é certo se não.
"De facto, já fui mais interventiva, devo estar a ficar velha." - concluí com um sorriso parvo de mim para mim.

Faz um ano que, sem querer, acabei por intervir em questões nas quais não queria nem era suposto intervir. Faz um ano que quando precisei que alguém interviesse por mim, não houve saída enquanto EU mesma não decidi que chegava de abusos e de continuar a acreditar em gente má, fingida e pouco genuína (E assim continuará certamente a ser... gente má assim não mudará nunca, nasceram com a alma escangalhada e só estão bem a escangalhar as poucas boas almas que vão restando no mundo).

Eu mudei. Fiquei mais cinzenta mas só porque percebi que a ilusão nos impede de ver as coisas como realmente são e a desilusão pode ser amarga mas traz maior clareza e prepara-nos para tudo o que está por vir.

Intervir ou não intervir?
No outro dia apanhei um programa da Oprah no qual se relatava a história deste senhor e de como a sua maldade destruiu várias vidas e iludiu muitas mais. Como usava mentira e maldade para o bem singular, proveito e regozijo pessoal. As convidadas do programa eram pessoas abusadas por ele que acabaram por conseguir fugir ou fazer a rebelião, escapando-se do culto e da "lavagem cerebral" em que ele as embrenhou.
Uma delas dizia que não aceitava nem gostava de ouvir que os vizinhos não devem "intrometer-se". Pedia e desafiava as pessoas a "meterem o nariz", dizendo que muitas foram as vezes em que desejou a intromissão, o bater de alguém na porta, alguém que tentasse ver o que se passava e fazer alguma coisa, levantar suspeitas, fazer justiça (que nestes casos mesmo que venha, é sempre tardia e nunca a tempo de evitar que o trauma assole a alma de quem é abusado).
A Oprah rematou apelando a que as pessoas se deixem seguir pelo seu "radar interno", aquele "bichinho-bússola" que - na melhor das hipóteses - vive dentro de cada um de nós e nos acorda a sensibilidade para percepcionar quando algo não está correcto na porta ao lado e que nos leva a agir (ou não).

Ok... o ser humano é um ser muito imprevisível. Agir ou não? Who knows!? Não há regras nem padrões claros para a quantidade de tons nas sensibilidades dos biliões de habitantes na Terra.
O que realmente há é muito geral e muito baseado no chamado "bom-senso" e senso comum, que também variam (comummente) de pessoa para pessoa. :op

Da minha referida e involuntária intervenção sei, de longe, que no caso que importa, um bom resultado acabou por advir.
O estatelar da verdade desnudou tudo o que fora mal feito às escondidas (e eu nem sonho metade) e os lesados souberam agir mas é positivo que o tenham feito mas com as "cartas" todas na mesa. A mentira deixou de reinar e todas as decisões tomadas foram em consciência e com visão "panorâmica" de tudo o que ocorrera e só gente nobre, como foi o caso, conseguiria perdoar e aceitar os erros com dois braços abertos.
E sim, fiquei satisfeita. Agora, olhando em perspectiva, só vejo benefícios no deslindar que se desenrolou naquela "novela" de má qualidade.
E penso, depois de se descobrir tanto podre como é possível alguém estar tão disposto a amar?
Yeap, perfeitamente possível quando os sentimentos são puros, são capazes de perdoar TUDO. Ou era esse o destino não importa o que tivesse acontecido? Provavelmente sim.
A minha crença na predestinação tem oscilado ao longo da minha vida.

Lembrou-me daquele filme em que os passageiros de um avião se desviam da morte na queda do mesmo e depois, um a um, acabam por morrer na mesma, como se o escapar ao acidente tivesse sido um erro de cálculo que o Universo teve depois de corrigir. Terá sido uma questão de "quando?" mas nunca uma questão de "o quê?".

Se ao mover o caracol eu tivesse evitado que uma ou duas pessoas a seguir o pisassem... quem me diz que não não seria esse mesmo o seu fim, amanhã ou depois?

Ok... não sei de onde veio isto tudo, ainda para mais depois de semanas tão cansativas mas... apeteceu escrever e AQUI, algo que não tem ocorrido (nem tão pouco disponibilidade para isso!) e parece-me, no meu radar, que ter feito tempo e vontade para escrever é bom! :o)

Quanto a ti... Boa sorte, Caracol.
E tu... volta rápido que me fazes mesmo muita falta. :o)