12 March 2006

E diz assim a Anne Frank:

"Aprendi uma coisa: só se conhece realmente uma pessoa depois de uma discussão. Só nessa altura se pode avaliar o seu verdadeiro carácter!"

Ora... há quem ache precisamente o oposto... que não é quando as pessoas se exaltam que temos a "fotografia" tirada. Quanto muito sabemos até onde as pessoas conseguem ir.
Ainda assim eu conheço umas quantas que não tem por hábito exaltarem-se (o que por vezes também é exasperante :op).
De qualquer forma não deixa de haver um pouco de sentido na afirmação de Anne... as discussões e a forma como são conduzidas, acabam por nos dizer sempre algo sobre os outros e até sobre nós mesmos.

4 comments:

Anonymous said...

Mas o Ricardo Araújo Pereira não é nazi. :>

Anonymous said...

Note-se que eu nunca fui nazi. Sabe isso quem comigo privou. Os que conheceram e eventualmente compreenderam o sub-produto do fundamentalismo hitleriano a que me refiro alcançaram nada mais nada menos que a redenção. Uma redenção que acolhe o pecador longe da insipidez dos concentrados ideológicos de soja, uma salvação cozinhada racionalmente como antítese de frituras de tofu intelectuais.

A minha reflexão acerca do flirt com a juventude ariana cabe numa palavra: arrependimento. E hoje, de cada vez que levanto a tampa de um tacho e miro a farinheira (literal), quando chamo a mim a travessa de bacalhau com natas (formal), corro atrás do tempo perdido, qual Edward Norton em "América Proibida". É assim a penitência a que eu chamo vida.

Uma última e não menos importante menção. Este comentário não teria sido possível sem as migas que os meus intestinos se preparam para esmiuçar. Agradeço a inspiração - e a provável diarreia - aos senhores alentejanos que um dia se lembraram de magicar tão saborosa combinação de entrecosto, toucinho e pão de trigo.

Apesar de tudo, tenho um profundo orgulho em viver num mundo que aceita esta manifestação menos colectivizada e mais inofensiva de nazismo. De igual modo, agradeço que respeites este assassino certificado, cidadão informado neste mundo de crueldades que, em última análise, até prefere nem ver matar o porco. Tamanha hipocrisia a minha!

(n)Ana said...

Pip - a nossa discussão não foi porque tu gozaste com os escuteiros. Eu própria gozo com os escuteiros e faço parte do movimento. E é assim porque acho que devemos de rir de tudo na vida e mesmo até de nós mesmos, algo que o RAP também faz e muito bem. Aliás é por aí que muitas vezes nos faz rir a nós.
A nossa discussão deu-se porque tu gozaste com os escuteiros vezes repetidas e, como tu sabes, mesmo as piadas mais lindas, quando repetidas mais do que um (in)determinado mas variável número de vezes, podem acabar por se gastar, deixar de ter piada e a certa altura passar a magoar ou ferir alguma susceptibilidade. Mas quanto a este assunto creio que já tinhamos falado antes...
Não me sinto incoerente por me ter sentido afectada pela tua piada sobre escuteiros naquela nossa passeata até ao Forum Algarve e por depois ter achado piada à representação exagerada do RAP na qual a notícia do filho ser escuteiro era pior do que ele ter sido enrabado repetidas vezes por lenhadores e ursos, ficar sem uma perna e ainda chegar a casa e encontrar a mulher na cama com o uma amante... todos os escuteiros que eu conheço riram disto...

Anonymous said...

Para quem se diz verdadeiramente qualquer coisa - por oposição à ignorância restante - tu também.