Antes de mais, gostava de manifestar a minha alegria pelo facto de o meu primo Nuno estar a melhorar a olhos vistos. Foi transferido para o hospital mais próximo da residência, que é em Portalegre. Esta transferência só pode ter sido por uma destas duas razões: - Ou os médicos e enfermeiros se fartaram dos meus tios que, naturalmente, andavam a telefonar, perguntar e pedir informações sobre o estado do Nuno... - Ou ele de facto melhorou mesmo e está pronto para a fase de recuperação que implica pouco mais que algumas drogas para as dores e muito repouso... Quero acreditar que se trata desta segunda hipótese... até porque estive com ele minutos antes de se ir embora e já dizia umas graçolas com umas asneirolas à mistura... enfim... está a voltar a ser o velho Nuno que "todos" conhecem... :o)
E prontx... passando para o dia de hoje...
Hoje posso dizer com franqueza que o dia começou bem... Diria até muito bem!... Mesmo depois de acordar com dor de garganta e sem ter a certeza se iria ou não ao sítio onde me propusera a ir nesta manhã de 25 de Novembro... E por esta boa disposição que passou a ser a tónica do meu dia de hoje, devo começar por agradecer ao amiguinho que me presenteou com uma chamada musical cedo pela manhã...! Não atendi logo à primeira mas, felizmente, ele foi persistente e voltou a ligar. Obviamente que já lhe agradeci, e bem sei que não deve ter tempo para estas coisas dos blogs, mas volto a deixar aqui um "obigudinho!" pelo gesto tão simpático. É bom saber que há sons que nos contagiam em uníssono. E tal como também lhe disse: "Pequenos gestos dão força ao dia!" E este deu ao meu!
Depois deste telefonema maravilhoso, fiquei logo com mais vontade de aceitar o convite do amigo e arquitecto José Romano, e seguir até ao Polo Universitário do Alto da Ajuda, mais propriamente até à faculdade de arquitectura, onde teve lugar o lançamento do seu primeiro livro: "Edifícios em Altura: Forma, Estrutura e Tecnologia"; e também à abertura da sua exposição itinerante: "De Chicago a Xangai a 400 metros de Altura".
Assisti a ambos... e fiz muito bem. A apresentação do livro caiu mesmo bem. Lançou-se uma quantidade de questões muito interessantes sobre assuntos que não terão necessariamente de ser discutidas apenas por arquitectos e entendidos na matéria, mas também pelo mais comum dos cidadãos. Um dos grandes temas abordados foi a construção em altura em Lisboa, tal como em tantas cidades de dezenas de países desenvolvidos.
E prontx... passando para o dia de hoje...
Hoje posso dizer com franqueza que o dia começou bem... Diria até muito bem!... Mesmo depois de acordar com dor de garganta e sem ter a certeza se iria ou não ao sítio onde me propusera a ir nesta manhã de 25 de Novembro... E por esta boa disposição que passou a ser a tónica do meu dia de hoje, devo começar por agradecer ao amiguinho que me presenteou com uma chamada musical cedo pela manhã...! Não atendi logo à primeira mas, felizmente, ele foi persistente e voltou a ligar. Obviamente que já lhe agradeci, e bem sei que não deve ter tempo para estas coisas dos blogs, mas volto a deixar aqui um "obigudinho!" pelo gesto tão simpático. É bom saber que há sons que nos contagiam em uníssono. E tal como também lhe disse: "Pequenos gestos dão força ao dia!" E este deu ao meu!
Depois deste telefonema maravilhoso, fiquei logo com mais vontade de aceitar o convite do amigo e arquitecto José Romano, e seguir até ao Polo Universitário do Alto da Ajuda, mais propriamente até à faculdade de arquitectura, onde teve lugar o lançamento do seu primeiro livro: "Edifícios em Altura: Forma, Estrutura e Tecnologia"; e também à abertura da sua exposição itinerante: "De Chicago a Xangai a 400 metros de Altura".
Assisti a ambos... e fiz muito bem. A apresentação do livro caiu mesmo bem. Lançou-se uma quantidade de questões muito interessantes sobre assuntos que não terão necessariamente de ser discutidas apenas por arquitectos e entendidos na matéria, mas também pelo mais comum dos cidadãos. Um dos grandes temas abordados foi a construção em altura em Lisboa, tal como em tantas cidades de dezenas de países desenvolvidos.
Eu nunca tinha pensado muito nisto mas parece que em Lisboa há uma espécie de aversão cultural pela construção em altura. E quando se fala em construção em altura, não é nada como os arranha-céus "a sério" que são já corriqueiros noutros países da Ásia ou da América, e onde a densidade populacional, por várias razões, se concentra num "pequeno" espaço ou metrópole; um "arranha céus" português é tipo um quinto (1/5) dos arranha céus "a sério"... e mesmo assim, parece que cada vez que algum arquitecto mais "arrojado" fala em projectar construção em altura, é um 'ai jesus do catano'!
Esta "aversão cultural", no caso de Lisboa vem, talvez, da existência de ligações afectivas com o espaço! Como disse Romano, as pessoas habituaram-se à paisagem histórica de Lisboa; afeiçoaram-se de forma tal que não conseguem permitir que se altere a sua "fisionomia" com prédios altos... por isso mesmo é que a construção em altura em Lisboa só tem vindo a ser mais desenvolvida na zona da Expo... as pessoas não se sentem emotivamente ligadas a esse espaço... é considerada uma zona "nova" e por isso pouco lhes importa se cresce para cima, se para os lados... ali ninguém começou a namorar, ninguém deu o primeiro beijo, ninguém ouviu o primeiro fado...
Esta história da história, (e passo a redundância), é toda muito bonita, mas depois lá está: ao renunciar à construção em altura, ou ao pôr de parte a construção comtemporânea nas zonas mais históricas, as pessoas estão também a renunciar ao conforto e à própria contemporaneidade... ou seja. 'Lisboa é muito bonita assim, como é há tantos anos, mas viver lá que vivam os velhos... viver na periferia permite-me chegar de carro e subir até casa de elevador'... a realidade e as condições são outras.
Bem sei que este post já vai longo mas lembrei-me de outro ponto muito interessante que foi tocado na apresentação: A questão da segurança nos edifícios (altos).
Até foi feito um paralelo da segurança antes e depois do 11 de Setembro...
Chegou-se à conclusão que a grande esmagadora quantidade de pessoas que morreu no 11 de Setembro no World Trade Center estava, no momento da colisão, na parte acima da zona de embate. A penetração do avião, algures entre o 70º e o 80º andares (aprox.) cortou a ligação com os sistemas de segurança e de evacuação para a parte do edifício abaixo da zona de embate, o que em termos de segurança e infra-estruturas de evacuação, é uma falha descomunal...
Entre as milhentas coisas que esta tragédia mudou no mundo, uma delas não pôde deixar de ser a forma de se pensar e de se projectar a segurança dos edifícios.
Uma das figuras que grande gozo me deu ver na exposição foi um pequeno esquema com alternativas de evacuação pelas fachadas... achei o máximo e como está também no livro, tomei a liberdade de digitalizar e pôr aqui.
Enfim... foi uma exposição muito interessante... o suficiente para que até tenha ficado com vontade de ler o livro que trouxe para casa autografado :o).
Esta "aversão cultural", no caso de Lisboa vem, talvez, da existência de ligações afectivas com o espaço! Como disse Romano, as pessoas habituaram-se à paisagem histórica de Lisboa; afeiçoaram-se de forma tal que não conseguem permitir que se altere a sua "fisionomia" com prédios altos... por isso mesmo é que a construção em altura em Lisboa só tem vindo a ser mais desenvolvida na zona da Expo... as pessoas não se sentem emotivamente ligadas a esse espaço... é considerada uma zona "nova" e por isso pouco lhes importa se cresce para cima, se para os lados... ali ninguém começou a namorar, ninguém deu o primeiro beijo, ninguém ouviu o primeiro fado...
Esta história da história, (e passo a redundância), é toda muito bonita, mas depois lá está: ao renunciar à construção em altura, ou ao pôr de parte a construção comtemporânea nas zonas mais históricas, as pessoas estão também a renunciar ao conforto e à própria contemporaneidade... ou seja. 'Lisboa é muito bonita assim, como é há tantos anos, mas viver lá que vivam os velhos... viver na periferia permite-me chegar de carro e subir até casa de elevador'... a realidade e as condições são outras.
Bem sei que este post já vai longo mas lembrei-me de outro ponto muito interessante que foi tocado na apresentação: A questão da segurança nos edifícios (altos).
Até foi feito um paralelo da segurança antes e depois do 11 de Setembro...
Chegou-se à conclusão que a grande esmagadora quantidade de pessoas que morreu no 11 de Setembro no World Trade Center estava, no momento da colisão, na parte acima da zona de embate. A penetração do avião, algures entre o 70º e o 80º andares (aprox.) cortou a ligação com os sistemas de segurança e de evacuação para a parte do edifício abaixo da zona de embate, o que em termos de segurança e infra-estruturas de evacuação, é uma falha descomunal...
Entre as milhentas coisas que esta tragédia mudou no mundo, uma delas não pôde deixar de ser a forma de se pensar e de se projectar a segurança dos edifícios.
Uma das figuras que grande gozo me deu ver na exposição foi um pequeno esquema com alternativas de evacuação pelas fachadas... achei o máximo e como está também no livro, tomei a liberdade de digitalizar e pôr aqui.
Onde é que é que já se viu...? Eu a ler sobre arquitectura...!?
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