21 April 2009

pilares

Chapters...
Este post é para ti. Só para ti.
Pronto... é para ti e para mim... mas para mais ninguém. Porque hoje eu preciso que seja assim.
Mas se alguém por mero acaso vier ler - daqueles dois ou três que ainda me lêem - sejam bem-vindos, como sempre! Afinal de contas... Somos todos do mesmo material. Quem sabe se as minhas parvoíces não fazem um click qualquer por aí.
E por falar em clicks nos posts... depois do post vou reler a carta snail mail que me enviou o CB em Fevereiro e vou sorrir e tentar dormir... e talvez devesse tentar comer também!

Dear Chap (e não Dear John, porque esta não é uma carta de despedida - não sei o que é mas não é uma Dear John Letter by any chance hehehe ;o) e se fosse, ironia das ironias, era eu o John!)
_____
Tu manténs-te aquilo que sempre foste: inalterável e amigo... ainda que intrinsecamente inanimado. No entanto permites que outros cheguem até mim, e até comuniquem comigo. Até nisso és altruísta.
Tu mesmo não me dás respostas... eu que tantas perguntas faço todos os dias e tantas questões tenho sempre na cabeça. Mas deixares-me escrever-te em cima... atirar-te com estas palavras loucas e soltas... Assim.
E hoje, mais uma vez, só por isso... só porque preciso. Obrigada Chapters...
Obrigada, porque entender o mundo e as pessoas, nem sempre é fácil. E nem sempre é fácil entendermo-nos a nós mesmos. E quando escrevo "em ti" - pode parecer estúpido - mas consigo entender-me um pouco melhor. Ao menos isso...

Fazes quase 5 anos daqui a praticamente dois meses e tens sido fiel depositário do meu lixo.
Quase que devia pedir-te desculpa por ser este o "uso" que mais faço de ti. Escrever-te em cima quando as emoções estão fortes - e digo isto para o bem e para o mal! :o)
Pedir desculpa é algo que algumas pessoas dizem que faço em demasia. É esta minha mania de (a)normalzinha, de tentar ser sempre correcta e de não magoar nem as formigas do carreirinho que pisei sem querer, quando deixei de ver, por momentos, por onde pisava.
A verdade é que vão sempre haver carreiros de formigas. E eu vou pisá-los de vez em quando. (mas garanto-te que será sempre sem querer...!) Muitos vou pisá-los e nem sequer vou saber. :o\ Porque é mesmo assim. Cabemos todos neste mundo... há lugar lugar para todos. Para mim, para ti, para ele, para as formigas... para os macacos...
E às vezes vamos pisar-nos uns aos outros e vai doer, mesmo que seja sem querer... :o(
[descansa, Chapters, não vais ser pisado por formigas ou macacos... essa, felizmente, é uma daquelas poucas certezas que ainda conseguimos ter nesta vida :o)]

Apetece-me escrever-te sobre pilares.
De coisas mais ou menos sólidas. De coisas que são suporte.
Escrevo-te disto hoje, e espero ser forte o suficiente para não ter necessidade de te escrever mais sobre o assunto no futuro.

pilar

s. m.
1. Coluna simples que serve de suporte; esteio.
2.
Fig. Amparo; sustentáculo; auxílio; apoio.

Têm-me falado dos pilares na qualidade da nossa vida. Coisas "simples" que constroem a nossa vida e que podem ser avaliadas no nosso quotidiano e melhoradas para assim aumentar a qualidade da primeira. Coisas como a Alimentação, o Trabalho, o Stress, o Sono, a Actividade Física...

O meu pilar do sono está meio afectado hoje.
E, para já é só esse que me incomoda.
Até tenho dezenas de filmes que ainda não vi. A sala está livre e na noite passada saquei o Passengers... mas não me apetece ver. Aliás... acho que não vou ver mesmo tão cedo.
Ou seja, os pilares, que devem ser inabaláveis e estar acima de tudo, também vacilam e oscilam.
Tudo oscila em nós, Chap... ou não? Como se controla isso? Não dá, né?

Sou mimada. Não naquele sentido de ser constantemente birrenta, impaciente e insuportável, mas no sentido em que... Bolas... Quem sou eu para estar aqui a lamuriar-me porque as coisas em que, mesmo de sobre-aviso, me apoio, e que julgo mais ou menos inabaláveis (como um pilar, como uma base de alguma coisa), resolvem, de repente brincar aos relógios moles do surrealista Dali?
Quem sou eu para me queixar do que afinal não tenho ou do que perdi, quando devia era olhar e estar grata por tudo o que tenho, posso ter e tudo o que já conquistei e conquisto todos os dias? E quanta gente devia ter, pelo menos, tanto como eu tenho?

Acreditas nas energias, Chapters?
Nas energias que os outros emanam?
Eu acredito. Hoje então acredito mesmo...
Não fico a matutar no poder do mal e do bem e das influências e nessas tretas... pensamentos maus geralmente afasto com bastante sucesso.
Mas... diz-me se também achas que quanto mais pessoas conhecem uma realidade, mais energias se focam à volta dessa mesma realidade e mais probabilidades dessa misturada de energia gerar por vezes algum atrito e confusão e fazer com que a "coisa" acabe, vá... menos bem?
Explica-me porque é que estas conclusões só fazem apetecer-me isolar-me e proteger-me mais. Eu. Que sei que tenho tanto ainda por e para dar.

Não entendo, Chapters.
Esta noite sinto o coração embargado, tolhido, pequenino.
Eu. Que tenho sempre a sensação de que cabem cá tantas coisas e emoções e gente, família, e amigos e infinitas mulheres melancia e as pistas de samba do Rio, e gente que eu nem sequer conheço e todos os animais do mundo...
Eu. Que tenho a convicção de que o meu coração é assim, portanto, gigante e bom (modéstia á parte... hehe)
Não entendo, Chapters. O que era ontem e podia ser amanhã mas não é hoje.
Sinto-me assim estranha. Sem saber bem o que sentir. Parece que veio um daqueles Transformers, um dos maus (sim, porque havia os que eram bons!) ou então aquele Bubu do Dragon Ball (Z!) que era mesmo parvo e cor de rosa... ou vieram ambos, o Transformer e o Bubu e agarraram em mim no meio das ruas e dos carros normais e atiraram comigo para muito longe.
Assim! Gratuito!
Só porque calhou... Porque era eu quem estava ali, talvez na hora errada no sítio errado.
Agora tenho que acordar, sacudir o pó e regressar para o meio dos carros e das outras pessoas para seguir a minha vidinha.
E viver com o facto de não saber ao certo porque raio fui eu atirada. Ou tentar ver no "atiranço" algo positivo. Afinal de contas pode ter feito maravilhas por mim.
Posso aprender alguma coisa com isto tudo...
Talvez a caminhada de regresso da LaLaLand me faça bem!
Talvez eu tenha sido escolhida para ser atirada por alguma razão que faz de mim um ser especial!
Não entendo, Chapters. Tu entendes?
Eu quando não entendo, acho que definho.
Os pilares parece que caem.
Perco um pouco a razão. Talvez.
Espero encontrá-la bem depressa. Encontrar-me.
Já depois de conseguir dormir, por exemplo. Era bom.

O Transformer...? O Bubu? Não, não quererei ter, nem viverei com o medo deles. Se aparecerem, eles ou outros, serei então atirada as vezes que me calharem na rifa e mesmo assim não sei se, na mesma situação novamente, faria alguma coisa diferente.
Teria mais cuidado?
Teria emoções mais inteligentes?
Não me expunha tanto?
Confiaria e daria muito menos?!
(Provavelmente. Não sei... mas também não sou completamente burra...hehehe ai... eu Sou tão Eu... :o\)

Well... a resposta a estas perguntas é tão simples!
Como dizia o outro no final de cada episódio:

Não percam o próximo episódio!
Porque... NÓS, TAMBÉM NÃO!

Annnnd Sing-a-long!
Dragon Ba-all ZZZ... ZzzZzzZZ
(aqui está a minha deixa para ir para a cama reler a carta, sorrir, e tentar ver se durmo alguma coisa hoje...)




*Dorme bem Chap... Obrigada por me "ouvires"*

2 comments:

Anonymous said...

Bem que isso aí por esse lado parece uma montanha russa. Ora sobe ora desce. Já pensaste por exemplo que a vida é mesmo assim... Que nada é explicável, controlável ou até "entendível" em larga escala? De que nos vale sofrer tudo hoje, quando sabemos que necessariamente amanhã nada será igual. Nada. A proporção que damos às coisas depende única e exclusivamente de nós. O que eu quero que tenha muita importância, tem e pronto. O que eu não quero não tem. E para que queres tu que as coisas menos boas tenham tanta importância, quanto a que parece ter, quando não a queres realmente?
A falta de sono realmente faz-nos pensar demais. A todos.


Anonymous do gato.

(n)Ana said...

Tens razão... ontem e anteontem foi mesmo tipo roller coaster ride. Lá de cima,zuuuuuuuummmm cá para baixo hehehe
O impacto foi forte! E tirou-me o sono e acelerou o batimento cardíaco e velocidade dos pensamentos confusos e parvos hehehe

Tudo mais calmo agora.
Gosto tanto dos teus comments Anonymous do gato.

Beijinho