Depois da minha saga de insónias desta noite, a luta para me levantar de manhã foi bem maior que a da manhã de ontem.. (aliás, ontem confesso que não me custou mesmo nada a levantar... hum... I wonder why...)
À chegada ao trabalho, quando as portas do elevador se abriram, dei de caras com a Yara de olhinhos lavados em lágrimas.
Tive então um flashback de regresso ao passado... enternecedor.
A Yara deve ter entre 10 e 11 anos e pelo que percebi, esqueceu-se da caderneta do aluno em casa... com receio que a directora de turma a repreendesse ou marcasse falta, teve uma crise de ansiedade que resultou no choro.
As vezes que este tipo de coisas me aconteciam em pequena não se contam pelos dedos das mãos... nem juntando os dedos dos pés... foram milhentas!
Como dizia o meu pai: "eu tinha o coração muito ao pé da boca", ou seja, quando a coisa ficava fora do meu controlo... buáaaaaaaaaaa!
Hoje confesso que já tenho algumas saudades daquele sentimento, que hoje vejo como meio tonto mas que, na altura, era como que o mundo a desabar.
Querida Yara, a tua ansiedade em relação a este esquecimento só revela que o teu sentido de responsabilidade está apurado e que sabes bem que as tuas falhas têm consequências. No futuro vais ver que este tipo de esquecimentos não são assim tão dramáticos e vais, como eu, rir ao lembrares-te de momentos como o de hoje no elevador.
Eu é que não vou esquecer tão cedo os teus olhinhos inundados desta manhã. Trouxeram-me boas recordações de quando eu tinha a tua idade e tudo era tão mais simples (pena eu não saber disso na altura não é??)
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