13 July 2007

Logo agora!

Andava tão contente e tinha que vir agora este atrofiar o esquema todo...
É que por muito bem disposta que uma pessoa ande, o filha da mãe começa logo a alterar o estado de espírito...
E depois fico choramingas e nem sei bem porquê. É uma treta...! Qualquer coisinha e fico logo sensível. Que porcaria pah!

O que vale é que vai ser um fim de semana simpático e relaxante para esquecer cenas como aquela do... everybody (head)counts but me...

Ai ai... quando é que eu aprendo?

1 comment:

Anonymous said...

Prezada e estimada Nana,

Espero que a missiva a encontre a si e aos seus de perfeita saúde. Soube, através de um post publicado no seu fotolog, que adquiriu uma nova propriedade e que esta se encontra em fase de acabamentos. Desde já lhe envio os meus parabéns com a convicção de que por certo será muito feliz nessa nova morada.
Mas vamos ao que me trouxe sem mais delongas, ao que lhe interessa a si e a mim mais do que tudo: Petersburgo!!! Desde já a previno que, não obstante a minha vontade, além de penosas são inquietantes as notícias que lhe trago, o que deveras lamento. Não pode por certo calcular o quanto me arrependo de ter embarcado nesta jornada insensata, sim, insensata! Mais do que o constante frio que por cá se faz sentir - que se faz sentir e me faz sentir um boneco de neve entrapado até aos olhos (sempre que rodo a cabeça o corpo vira-se todo nessa direcção) - o que me desagrada verdadeiramente é esta sociedade hipócrita de aristocratas que votou o casal Vronski e Anna à marginalidade. Já temia que assim fosse, mas nunca de modo tão cruel e desprezível. A ilação a retirar é que nunca nos devemos iludir com a espécie humana. Nunca, nunca, nunca. Vronski e Anna (soube-o agora por interposta pessoa) refugiaram-se no campo com a filha de ambos. Com a filha de ambos que não é reconhecida como filha de ambos pois o casamento de Anna ainda vigora. Que absurdo!!!
Do marido de Anna só lhe posso adiantar que é achincalhado às claras nos salões da corte. Não é um drama o que este homem vive, mas uma tragédia de que ele próprio se refugiou numa renovada fé baseada numa doutrina verdadeiramente alucinogénica.
Quanto à pura Verenka também não se acertou com outro Russo de nome impronunciavel (ao menos Vronski tem nome de ronco de automóvel, valha-nos isso), não se acertou, como dizia, no bucólico episódio da apanha dos cogumelos. Quantas expectativas estavam depositadas nestes dois! Que Flop.
É como lhe digo: nada corre pelo melhor. Raios parta! Mas que faço eu aqui com os pés enterrados na neve sem saber para onde me virar?!?! Sabe, prezada Anna, a vida é tão complicada, tão complexa e dramática que estou seriamente apostado em abandonar a Rússia e voltar ao nosso Portugalinho para me dedicar exclusivamente aos romances, à ficção, sem me atrever a pôr um pé na realidade por muito tempo.

Sem mais e com mais saudades me despeço,

Nano

Ps - A Kitti e o Lévin desgastam-se ainda com infundados ciúmes!!! Ah, que ternura por eles todos, por toda a sua precaridade!!! Como se fossem eles personagens de romance.

PS - Olha, perdi um sapato na neve?!?!?!?!?!