Cheira-me que vai sair um post "lame".
Mas ok... aqui vai...
Às vezes jogo daqueles jogos do Facebook.
Confesso. Sei que "as doutrinas se dividem" quanto a opiniões sobre estes jogos e como tudo na vida, há quem goste e há quem não goste, uns mais ávidos que outros nas suas críticas e ilações.
(Há também quem odeie de morte o Facebook, portanto, como sempre, somos uma humanidade muito plural. E ainda bem.)
Eu (ainda) gosto do FarmVille... e do PetVille. Cheguei a jogar YoVille mas só me lembrei agora que não jogo há meses (e continua a não me apetecer).
Nem é um amor assolapado, não chego a considerar vício (sim, aceito perfeitamente que os bichos não sofrem se não os "tratarmos", as culturas não morrem de verdade se não as colhermos), não "sofro" nada com isso, como um fumador sofre no vício de querer um cigarro :o).
De início achei piada aos gráficos, à bonecada e ao conceito e fui jogando, em fases, mais que noutras e quando há um tempo para "perder" nessas coisas.
Há pouco entrei no PetVille e na inter-acção do meu "boneco" com os bonecos "amigos" havia um que pedia ajuda.
Quando um dos outros "animais amigos" pede ajuda, se a dermos (geralmente basta encontrar um objecto qualquer), ganhamos moedas, pontos de jogo e podemos ganhar "pontos de amor" ou "amizade" - como se queira chamar - mas há algo que não ganhamos, que pelo contrário, perdemos ao ajudar: Energia.
Não é propriamente para falar deste universo em particular - em última análise um pouco tonto e talvez absolutamente inútil, embora já tenha ouvido que se quer provar que estes jogos são anti-stress... o que na minha opinião, como em tudo na vida, se forem levados exageradamente a sério, podem ser foco de stress e alienação, mas adiante - que estou aqui a gastar as teclas do meu pc, e a ocupar espaço da blogosfera e do meu Chapters.
É simbólico.
Hoje quando acordei (de novo cedo demais, principalmente estando de férias) e abri o PetVille, fiquei parada a ver a subtracção de energia durante uma ajuda, fiquei parada a pensar em como na vida, quando ajudamos alguém a quem acarinhamos e de quem gostamos, quando simplesmente ouvimos as suas questões e problemas, quando entramos no jogo dessa partilha, muitas vezes (arrisco em dizer de TODAS as vezes, na melhor das hipóteses e se formos equilibradamente humanos - porque há por aí cada bicho... cada sangue-suga...), damos da nossa energia.
Mas é essa a verdadeira essência dos amigos que o são realmente.
E é tão importante sabê-lo e reconhecê-lo. Cada vez mais o sinto assim. Devem ser os 30.
Parece-me, por vezes, que a energia que tenho mal me chega a mim (impressão pura, chegará obviamente)... mas a verdade é que não nego dar-ta. A ti, a ti, a ti e a ti.
Eu posso não estar sempre bem, mas já és um bocadinho de mim e as energias já se partilham por isso e por si só.
Isto para TE dizer que contes com ela. Mais perto ou mais longe, estou aqui e estou contigo e dou-te da minha energia com prazer. Por muito que até me pareça pouca.
Obrigada... a ti, a ti, a ti e a ti... por tudo.