Estava a passar uma vista de olhos por antigos posts num blog do meu agrado e deparei-me com um parágrafo que muito me fez lembrar de ti.
Aqui fica, só para ti:
"Acompanho de longe as obras da minha casa, e penso que tanto cimento junto refazia, sem problemas, a cara do Ferro Rodrigues. Seria um orçamento diferente, isso sim. Nunca imaginei que houvesse tanta variedade de sanita. Nem de torneiras. Nem de bidés. Palavra. Há lojas só de bidés e sanitas. Isso, só por si, é bonito. Hoje olho para uma sanita com muito mais respeito. Sei que ela teve de lutar para estar ali, eram muitas a querer o lugar. A minha sanita é feliz. Ontem trouxe-a como quem carrega um filho nos braços."
E quem diz uma sanita... diz um frigorífico... uma máquina de lavar roupa... um forno... uma cama... um micro-ondas... uma mesa de cozinha... and so on... and so on...
Obrigado Bruno Nogueira
1 comment:
Há uns anos, não sei precisar quantos, mas não muitos, a minha madrinha mandou vir de Paris a sua sanita (dantes vinham de lá os bebés trazidos por cegonhas, lembras-te?). Em quase novecentos contos, ficou-lhe, já então, a encomenda. Com tampo aquecido, música, jacto de água morna para lavar o rabinho mais autoclismo automático e silencioso. Um luxo pró lixo que dá vontade de tomar laxante. Lixado, bem sei - uns com tanto e outros só com o campo. E foi assim que, por uma vez na vida, me senti um rei, embora só no Trono da Real Cagada. Ali não se dá peido, porque peido é rock, peido é punk; nem track - track é heavy metal; ali, quanto muito, suspira-se mágica flautolência mozartiana. Porque aquilo é um outro mundo
nano
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