Enquanto lia as notícias, apercebi-me novamente de algo que tento não lembrar muitas vezes: Não posso com este Acordo Ortográfico.
Acho que vou andar anos a lamentar isto... mas não consigo, faz-me mesmo impressão ler:
Traz-me tristeza. Não sei como me irei habituar.
Aquando do aniversário da morte de Saramago, deu na TV o filme "José e Pilar" e numa pequena parte, Pilar Del Rio, a esposa, dizia um pouco enfurecida, no início de uma entrevista, que os Portugueses não concordam com o acordo (hehe) ortográfico e que, de alguma forma, desdizem a cultura Brasileira... A verdade é que não o fazemos. Respeitamos a cultura Brasileira e não achamos que somos mais que o Brasil por querermos manter as nossas palavras como elas são, livres das nuances das variantes brasileiras, as quais respeitamos, tal como também respeitamos todos os neologismos Brasileiros e certamente até ado(p)tamos alguns.
O meu desacordo do Acordo (hehe novamente) julgo que é muito emocional. Não o sei explicar muito bem. É um pouco o que senti quando foi decidido que abandonássemos o Escudo para dar lugar ao Euro. Parece que é uma parte de identidade nossa, como Portugueses, que se perde.
O meu desacordo do Acordo (hehe novamente) julgo que é muito emocional. Não o sei explicar muito bem. É um pouco o que senti quando foi decidido que abandonássemos o Escudo para dar lugar ao Euro. Parece que é uma parte de identidade nossa, como Portugueses, que se perde.
Nada tenho contra o facto de nos poder aproximar mais dos irmãos Brasileiros, mas julgo que o poderiamos continuar a fazer, respeitosamente, como sempre, e sem que se mexesse nas idiossincracias da NOSSA Língua. Todos os irmãos têm as suas diferenças, mesmo o mais idêntico dos gémeos...
1 comment:
O problema com o acordo é que nunca ninguém teve a coragem de explicar a razão do mesmo. Deve-se tudo a questões políticas, nas quais o Brasil embora sendo uma potencia economia ficava enfraquecido na ONU por não ter a sua língua entre as oficiais. Assim sendo foi feita pressão para uma unificação artificial da mesma, passando a ter 240 milhões de falantes. Dessa forma esperam conseguir que esta se junto ao grupo das oficiais onde se encontra o árabe, mandarim, inglês, francês, russo e castelhano.
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