06 December 2009

ausência

Tudo faz parte de crescer.
Quase arrisco em dizer que vou aprender lições atrás de lições até ao dia em que morrer e quando partirei para um qualquer sítio onde, provavelmente, nem vou tirar proveito das derradeiras lições.
Cresci muito nos últimos anos. Cresci muito, muito nos últimos meses.

Perdi alguma inocência. Infelizmente faz parte do processo de crescimento. E tem que fazer porque quando crescemos, o mundo fica diferente, vemo-lo com outros olhos.

A "ausência", a qual usei para dar nome a este post, não é a ausência que tenho feito sentir por aqui, pela "blogosfera", se bem que essa também a tenho sentido, bem como a minha ausência perto de TI, de alguns amigos, perto de algumas coisas que fazia mais regularmente e que nos últimos meses deixei de fazer tanto. É outro tipo de ausência.

Pareceu-me ser uma ausência imperativa, algo que julguei ter que existir. Ou não estariamos assim. De algo que não me estava a fazer bem... nem a mim nem a... ninguém! Que parecia ser tóxico...

Só que... as ausências criam sentimentos de perda, criam saudades. (muita)
Como disse, uma ausência imperativa, porque a frequência e presença pareciam ter passado a ser mais destrutivas que positivas, portanto, a ausência que tinha que ocorrer e disso julgo não ter dúvida... ou tenho?... ai...

No entanto, como explico à minha mente e ao meu corpo isso?
Quero que ambos se adaptem o mais rápido possível a esta ausência, mas a verdade é que eles ainda estão a lidar com a sensação de perda e da frequência e da presença.
Faz sentido?
A minha mente e mesmo o corpo, pode querer pregar-me partidas, porque ainda sente falta, apesar de saber que o melhor para todos (eu, tu, a minha mente e corpo e tu... o teu corpo e a forma como se manifestava) é a mesmo a ausência...
Mas há um vazio. Um vazio que não se quer vazio, que se quer ver ser fechado, ocupado com outras coisas, talvez. Preenchido.
A minha mente está forte... para já... apesar de tudo, do hábito que já se calhar tudo isto provocou, estava doentio... para mim e para ti... e é só por isso, mesmo com todas as dúvidas sei que a mente e corpo não iriam fugir de uma coisa, fugindo para essa coisa...
Seria auto-anular-se e reiniciar um processo que seria doloroso demais e que neste preciso momento já vai além do começo. Seria um retrocesso grave. E por isso sei que não vou ter truques da mente para tentar voltar atrás. Não sei... só sei que tudo isto custa. Muito.

E por isso conto contigo...
Quando me vieres ler. Manda-me força. Escreve-me. Ajuda-me a fortalecer ainda mais a minha mente. Ajuda-me a manter-me firme.
Estou bem mais forte. (por tudo o que cresci estes meses) mas, ainda assim posso estar a precisar.

Obrigada.

6 comments:

Gelo said...

FOOORÇAAA

Gelo said...

O preto não fica bem neste blog, afinal "the world should be green"

... ainda que a ausência de Côr seja, de facto o preto, ou assim o dizem os físicos da nossa praça. E de outras, vendo bem...

bjk

RD said...

A fronteira é sempre dificil de definir e as duas vozinhas que defendem cada uma o seu território (a do vai e a do fica) não ajudam.
Naturalmente que nestas alturas voltar ao passado, ao que fomos e somos, antes da perca da inocência, ajuda a definir qual escutar e manter essa força e certeza nas decisões que tomamos.
Fazem estes momentos pensar quão mais fácil seria se se pudesse aplicar a "Serenity Pray" num piscar de olhos.... mas não é.
Força míuda ..

Zoe said...

pensamento positivo
boas energias
força
um ombro - um, não! dois!
dois bracinhos gorduchos para abraçar
dois ouvidos para ouvir
uma boca que diz muitos disparates para te ver sorrir tambem em momentos menos bons
e um coração aberto para te ajudar

TU ÉS FORTE ;)

mimi said...

Olá menina

Como sabes, eu sou uma pessoa de poucas palavras, a minha cena é os números. Eu até podia inventar um teorema qualquer que provava por indução matemática que tu és a miúda mais FOTEEEEE que conheço!

Sabes que podes contar comigo para qualquer coisa, tal como disse a Zoe, também tenho uma catrafada de membros ao teu dispor. ;o)

Beijo grande e muita força!

Diana Amar said...

Essa "ausência" quer se preenchida sim linda, mas não a todo custo, muito menos da nossa delicada inocência. Se somos sobretudo doces, e esse por vezes fôr o nosso maior erro, que seja! O que precisamos é de pessoas que nos valorizam por isso, aquelas que dizem não mudes nunca, que sabem que é mais díficil ver com os olhos do coração do que pensar sempre no próprio umbigo.. Não deixes de acreditar nem de lutar pela Felicidade e por tudo de bom que um dia virá, que eu também não deixo de lutar por mim e por ti. Sofrer infelizmente faz parte de crescer mas ainda bem que ao crescer encontrámos pessoas também como tu e eu e que nos dão força. Sabes que te adoro. Tudo vai ficar bem. Eu acredito :) És linda!