Muitos Parabéns Pirosa!
Muito in, o jantar de anos da menina ontem no Orange no Bairro Alto.
Estivemos bem juntinhos!! Tanta gente num espaço tão apertadinho... perdi a conta às coisas que caíram ao chão quando alguém resolvia virar-se ou fazer algum movimento mais arrojado...
... Não que eu me esteja a queixar da proximidade da malta... ;o) tu cá me entendes... não? hehe
É tudo o que se quer, prendas fixolas (aposto que a que gostaste mais foi a nossa! :op - vais ficar lindaça ;o) ) e gente bem disposta e bonita.
Aqui fica um toque de classe no casaco de uma das tuas amigonas... hehehehe. Aquela miúda é demais...
4 comments:
será que li "pito doce"? meus deus, é genial! É porno-doce é delicioso! Lindo.
Se há coisa que destesto mais do que as púdicas são as falsas púdicas que por aí proliferam sempre a darem-se ares. E há tantas. É uma maneira muito portuguesa de se ser. E essas sim, as falsas púdicas são as verdadeiramente pornográficas, mas não quanto ao sexo, que isso era bem bom, mas quanto aos valores. São capazes das maiores sacanagens com um sorriso nos lábios. Enfim, em bom português, umas putéfias armadas em tias cheias de 9 horas. Xô daqui.
Pito doce é lindo!!! É de se uivar nos telhados do bairro à lua cheia. Esta noite abre a janela que vais ouvir o lobo bom.
Ah, sou o nanáááááááááúúúúúúúúúúú
estou cansado. é tarde. venho de fazer directo em vila viçosa por causa das 6 maravilhas que a sétima sou eu que nada pedante sou. Azares. Releio o que te escrevi e desgosto-me com as moralidades que redigi. Enfim. Independentemente disso, Pito-Doce é Pingo-delicioso e mais não digo.
Beijo a ti
nano
De manhã foi de missa, à tarde estádio da luz, vulgo catedral, e à noite Marquês de Pombal para filmar os festejos. Li qualquer coisa num café, que não me lembro qual, a dizer mais ou menos isto: as pessoas são como o vinho, ou azedam com a idade ou se apuram. E de facto é esta a diferença entre um bom e um mau vinho. Quanto a mim estou ébrio de esgotado, se é que se pode entender isto. Mas correu tudo pelo melhor, sem falhas. Pelo trabalho recebemos os parabéns do chefe. Cai sempre bem, mas já estou como dizia o outro: "venha a guita que o palhaço está cansado". Ou melhor: Não há guita não há palhaço. Enfim, talvez esteja a azedar. O que estou certamente é a fazer tempo para ir buscar a Susana a Algés. Enquanto isso escrevo o que não te interessa. Tomara a mim ter a grande virtude de estar calado quando nada tenho para dizer, mas isto de escrever é como estar assim cansado sem conseguir adormecer. Às tantas, sem dar por isso, deparamos com a frase que sempre esteve ali à nossa espera, sem sabermos qual. De palavra em palavra vamos lá dar sem dar por ela, como se seguissemos um canto hipnótico anterior a nós. Enfim, tudo isto parece uma fatalidade, como se fosse o meu destino não acreditar no destino. Por outras palavras - não há volta a dar. O mesmo será dizer que sou suficientemente céptico para não acreditar em cepticismos. E assim vamos nós em círculos cada vez mais fundos até sermos sombra no escuro. Mas por agora escreve por mim o cansaço como se eu fosse todos em toda à parte desde o princípio e a longa marcha do macaco desmultiplicando-se até ao homem contemporâneo me tivesse esgotado nesta hora imprevisivel.
Tenho de me fazer à estrada. Aquilo de ser todos ao mesmo tempo foi só um reflexo megalómano da insignificância rotineira em que se vai vivendo. Um fugaz relampejo na noite dos dias. Que outra coisa poderia ser? Estou a escrever frases sem pensar que é o melhor que sei fazer. A propósito, há um verso que repito como um eco desenrolado de não sei que silêncio e que diz sempre assim: "não pensar enfrente ao mar". Não me dei sequer ao trabalho de o completar numa quadra quanto mais num poema. O certo é que um heptassílabo acentuado nas impares e que o assunto é a vegetabilidade azul. Sabes, ao contrário do que se possa pensar, dou-me agora conta de que o verde não é a cor para vegetal, mas sim o azul. Sim, é isso mesmo: a facilidade azul, a facilidade com que o azul explica tudo nos maus poemas e nas canções foleiras. Azul da cor do mar azul da cor do céu. Ai que bonito que até dá raiva de tão piroso e gasto. É isso, era este o pensamento que procurava: os vegetais são azuis. Nem mais nem menos. Tenho de ir. Beijos a ti. Adeus. Nano.
Venho do bar da empresa e pela centésima vez ouvi a mesma piada. Estou cansado e sem paciência. O estranho é que quase todos riram e quase todos conhcem a piada. Riram porque era para rir e não porque tivesse piada, riram talvez como se há muito chorassem. Enfim, não se cansam de ser os mesmos às horas certas até ao fim dos dias, é quase heróico. Apeteceu-me voltar a mesa ao contrário. E ocorre-me que aquilo, o bar, onde as pessoas vão socializar, é nem mais nem menos do que a caverna de platão. É isso. Por certo conheces a parábola que diz que vivemos num mundo de aparências e que as tomamos por realidade. São as sombras que se projectam na parede. Como não me esqueci do que te escrevi ontem - os vegetais são azuis - podem-se combinar as duas ideias e a coisa resulta nisto: Na caverna de platão os vegetais são azuis. E a caverna de platão só pode ser no meio da montanha, onde são a maior parte das cavernas, e nunca no sopé e muito menos no topo da montanha. A meio da montanha porque esta gente procura sempre o equilíbrio, incapazes que são de um rasgo, de voar por breves instantes (nem todos, é bem verdade). É um marasmo de mediocridade, uma canseira sem fim. Isto deve ser só uma má disposição que amanhã já me passa, um incómodo do lado direito da alma que me faz respirar mal.
Iguais aos demais comuns,
Lá no meio da montanha,
Na caverna de platão,
Os vegetais são azuis
com pernas, braços e mãos
Nunca saem de onde estão -
Na caverna de platão.
Dá-me tu a tua mão
Que é possível respirar
Para lá dos que lá estão
Na caverna de platão.
Com tempo fazia-se um poema. Ou talvez um conto. E a personagem era um arqueólogo que descobria a caverna de platão. Não é preciso ser geografo para se perceber que a caverna de platão, a não ser metafísica, concretizando-a materialmente, só pode ser mesmo a meio de uma montanha. Seria mais ou menos uma busca de um tesouro. Era capaz de resultar e a coisa começava mais ou menos nisto:
Cedo me fiz arqueólogo na demanda de um sonho, descobrir a caverna de platão, que para mim, segundo os mapas que à data possuia, só poderia ser no meio de uma montanha. Interessava agora descobrir qual............só mais tarde viria a descoberta/revelação que dentro da caverna os vegetais são azuis, mas pelo caminho deixavam-se algumas reflexões contextualizadas segundo as contemplações do nosso personagem, sobre o azul do céu da grécia e do mar da grécia. Sim, era capaz de resultar. Vou fumar um cigarro
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